O programa de pesquisa-ação-participativa NAPI Alimento Território é uma iniciativa pluri-institucional e interdisciplinar financiada pela Fundação Araucária e pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), segundo os moldes dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPI). Com atuação no litoral e sudoeste do Paraná em parceria com as universidades da região. No litoral o NAPI é coordenado pelo professor Valdir Frigo Denardin, do curso de Ciências Ambientais da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Setor Litoral, e tem uma equipe de sete bolsistas entre alunos de pós-doutorado, doutorado, mestrado, graduados e graduandos.
O projeto NAPI Alimento e Território tem duração de três anos com possibilidade de renovação e tem como objetivos gerais: 1- coproduzir conhecimentos na interface universidade-sociedade-território por meio de formação, pesquisa e extensão, 2- potencializar os saberes populares que mobilizam patrimônios e ativos territoriais e tornar o Paraná referência no desenvolvimento territorial sustentável e 3- contribuir para alcançar os objetivos do desenvolvimento sustentável potencializando as singularidades territoriais dos ecossistemas regionais, entre outros objetivos específicos.
Através da metodologia de pesquisa-ação-participativa, definida por Thiollent (2011) como “Um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo”, o NAPI Alimento e Território – Litoral vem atuando em três comunidades do Litoral do Paraná (Comunidade Agroflorestal José Lutzenberger em Antonina, Comunidade Candonga em Morretes e Comunidade Caiçara do Guaraguaçu, em Pontal do Paraná).
Com o intuito de apoiar a reestruturação de uma agroindústria e duas cozinhas comunitárias, a equipe do NAPI vem realizando uma série de saídas de campo para essas três comunidades desde outubro de 2023, desenvolvendo ações como: mapeamento de áreas e quintais produtivos, levantamento de agrobiodiversidade local, entrevistas, rodas de conversas e reuniões. Esta etapa do projeto tem sido fundamental para promover uma maior aproximação com as comunidades, aumentando assim a interação entre pesquisadores e atores sociais, facilitando a troca de saberes e contribuindo para o fortalecimento da articulação comunitária dentro das associações.
A reestruturação desses espaços (agroindústria e cozinhas comunitárias) será potencializada com a compra de equipamentos, com recursos do projeto NAPI Alimento e Território, a partir das necessidades produtivas identificadas em cada uma das comunidades estudadas, através de vivências, experiências e da percepção das singularidades e especificidades de cada território.
O projeto possui parceria com Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento territorial sustentável (PPGDTS), Programa de pós-graduação em Meio ambiente e desenvolvimento (PPGMADE) e com o Projeto de extensão Tecnologias Sociais – NEA e já tem outras ações e metas a serem cumpridas previstas para esse ano de 2024.
Para conhecer um pouco mais sobre o projeto, siga o NAPI Alimento e Território Litoral no Instagram.
Com informações de Aline Lima Gomes
